BOCA 2X0 PALMEIRAS. O DEFENSIVISMO TEIMOSO E EXAGERADO DE FELIPÃO LEVOU O VERDÃO À DERROTA ONTEM EM BUENOS AIRES!
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Comentário ao final do 1º tempo:
Ao final do primeiro tempo de Boca x Palmeiras quero dizer que o Palmeiras de Felipão mostrou algo muito importante para um time que quer ser campeão: maturidade.
Encarou o Boca através de um desenho tático sobejamente conhecido, mas com todos os jogadores dedicados e interessados em cumpri-lo integralmente.
Em razão disso o time conseguiu aguentar a pressão do Boca e da Bombonera e sair incólume, sem sofrer gols, ao menos no primeiro tempo.
Para quem viu o Boca chegando tão poucas vezes e chutando apenas duas bolas ao gol, ainda assim de grande distância, tem a convicção perfeita de que se o Palmeiras não chegar à classificação por qualquer circunstância não o será por ter atuado mal ou por sentir-se inferior ao grande adversário.
Foi um jogo em que, ao menos até o final desta etapa, ninguém jogou, nem Borja, que cumpre boa atuação embora.
Em meu entendimento ele deveria jogar mais próximo à área argentina, pois se trata de jogador para ser lançado, não para preparar as jogadas como vem fazendo neste primeiro tempo.
A defesa esteve o ponto alto do time com destaque para o goleiro Weverton que fez duas grandes defesas. Da mesma forma, não se pode criticar, definitivamente, as ótimas performances até agora da dupla preferida de Felipão, formada por Luan e Gomez.
O Palmeiras usou muito os laterais e tanto Mayke quanto Diogo Barbosa, respectivamente auxiliados por Dudu e William cumpriram bem suas funções, muito mais as de marcação.
No meio de campo faltou um toque de criatividade e em razão da inexistência de um jogador criativo, Bruno Henrique e Moisés defenderam muito e apoiaram menos.
O grande destaque do Verdão, e, disparadamente, o craque da etapa, foi, sem qualquer dúvida Felipe Melo que jogou demais.
Dudu e William, repito, mais marcaram do que avançaram ou ao menos tentaram partir em direção ao gol do Boca .
Cconcordando com o que disse Edmundo na Fox, o Palmeiras precisaria tentar um pouco mais as jogadas ofensivas individuais e de improviso usando o talento de Dudu e William, chaves certas para furar o sistema de marcação do Boca Jrs.
Em resumo: foi um 0 x 0 merecido para ambos os lados em um jogo de excelente condição técnica!
Que continue assim na etapa de decisão!
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O SEGUNDO TEMPO:
Há que se dizer que o Palmeiras também esteve bem na etapa complementar, malgrado o nefasto resultado advindo de jogadas denominadas de "bola parada".
Infelizmente o time jogou o tempo todo recuado, muito atrás, fazendo uso de uma tática exclusivamente defensivista com a agravante de não ter procurado em tempo algum alternativas para atacar e chegar ao gol cdo Boca com a constância que deveria e que a decisão exigia.
No intervalo do primeiro tempo comentávamos sobre a falta de ofensividade alviverde, e, principalmente, a respeito da completa ausência de criatividade do time de Felipão.
Aliás, ofensivamente, o Palmeiras houvera criado pouco, quase nada, já na etapa inicial, conforme destacamos no comentário do intervalo.
Isso ocorreu em face das limitações de Borja, dos recrutamentos de William e Dudu visando à marcação, tanto e quanto das poucas projeções ao ataque de Mayke e de Diogo Barbosa, e da completa omissão ofensiva dos meio-campistas Moisés e Bruno Henrique, todos presos atrás visando a segurar o empate..
Em razão de tudo o que dissemos e do cansaço que tomou conta do time, sobretudo de William e Dudu, o Palmeiras seguiu até o final do jogo sem conseguir criar nenhuma jogada que levasse perigo ao gol argentino, exceção feita a um giro e chute de Dudu que passou perto e a um arremate fraquíssimo de William ao final do jogo, sem qualquer sucesso e defendido facilmente por Rossi.
Os sacrifícios de William e Dudu fizeram-me lembrar de quando Felipão, estupidamente, colocava Valdívia para marcar o tempo inteiro tolhendo a criatividade do jogador e do próprio time, sobretudo nos chamados jogos decisivos. Ontem, novamente, aconteceu!
Premiado pelo lance aéreo que redundou no primeiro gol, o time do Boca aumentou o rigor da marcação contra um Palmeiras que mostrou, claramente, a falta que faz um meia criativo que realize a ligação defesa, meio de campo e ataque e trabalhe no sentido de desafogar o time.
A falta desse jogador (poderia ter sido Lucas Lima) fez com que o time não conseguisse armar um único contra-ataque perigoso durante toda a partida e sofresse o massacre territorial do adversário durante quase todo o tempo de jogo.
Da mesma forma provocou o expediente utilizado pelo Palmeiras das bolas para o alto, dos chutões, sem direção, da bola para fora do campo e da falta de direcionamento dos lançamentos que, invariavelmente, sempre voltavam aos pés, apenas, dos jogadores do Boca realimentando, sempre, o perigo contra o gol do Verdão. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
O resumo do jogo, então, é este:
o Palmeiras, dentro do esquema tático a que se propôs (defender, defender e defender e buscar a classificação no segundo jogo em Sampa) esteve bem e só perdeu o jogo em dois lances de desatenção da defesa que, em meu entendimento, não estava com a melhor escalação possível.
Eu, como frisei nos comentários antes do jogo, preferia a escalação da dupla Antonio Carlos e Dracena, mais alta, mais experiente, mais vivida e muito melhor (em meu entendimento) do que aquela que jogou e só falhou nos lances que decidiram o jogo, Luan e Gomes.
O time, porém, também deixou a desejar pela flagrante falta de jogadas de ataque mas acabou sendo derrotado pelo artifício da "bola parada, direta ou indireta", conforme ocorreu nos dois lances decisivos e roubou a vitória do time de Scolari, castigando-o pela restrição tática e rejeição à ofensividade.
DADOS TÉCNICO DE BOCA JUNIORS 2 X 0 PALMEIRAS
Local: Est. La Bombonera, em Buenos Aires em 24/10/2018
Árbitro: Roberto Tobar. Conforme previ, muito bom, NOTA 8,
Assistentes: Christian Schiemann e Claudio Rios. Bons, NOTA 8
Cartões amarelos:
Olaza, Villa e Zárate (BOCA JUNIORS)
Gustavo Gómez e Bruno Henrique (PALMEIRAS)
GOLS
BOCA JUNIORS 1 X 0: Benedetto, aos 38 do 2º tempo.
BOCA JUNIORS 1 X 0: Benedetto, aos 38 do 2º tempo.
BOCA JUNIORS 2 X 0: Bebedetto, aos 42 minutos do segundo tempo
ESCALAÇÕES:
BOCA JUNIORS: Rossi; Jara, Izquierdo, Magallan e Olaza; Barrios, Nandez e Perez; Pavon (Buffarini), Zarate (Villa) e Ábila (Benedetto)
Técnico: Guillermo Schelotto
Técnico: Guillermo Schelotto
PALMEIRAS:
Weverton- Inferior a Prass e Jailson. Ruim para repor a bola. Boa atuação. NOTA 7.
Mayke - Marcou como Felipão mandou, mas atacou pouco. NOTA 6
Luan - É muito inferior e menos útil que Antonio Carlos. O drible que tomou de Benedetto quando do 2º gol foi daqueles a que chamamos de desmoralizante. NOTA 5
Diogo Barbosa - Boca jogou sempre em cima dele. Do lado dele nasceram os dois gols. Apoiou pouco e nas poucas vezes que avançou pouco ou nada fez. NOTA 5
Bruno Henrique - Não chegou, não chutou e só marcou. NOTA 6.
(Thiago Santos) - Por que entrou? Entrou por que? Nem Felipão sabe porquê! Hipótese mais provável. preservar Bruno Henrique com o segundo amarelo. SEM NOTA.
Moisés - Limitou-se a lutar sem produzir. NOTA 5.
(Lucas Lima) - Pouquíssimo tempo em campo. SEM NOTA.
Dudu - Marcou bem ajudando a cobrir o lado direito e Maycon. Deveria ter atacado menos e cumprido -mais- a sua função precípua de atacante. NOTA 5.
Willian - Gastou todo o gás marcando do lado esquerdo. e cobrindo Diogo Barbosa. Deveria ter atacado menos e cumprido -mais- a sua função precípua de atacante. NOTA 5.
Borja - Não esteve mal, haja vista que marcoi, correu e lutou. Ocorre que o esquema não o ajuda porque não tem que o procure para o jogo. NOTA 5.
(Deyverson) - Substituiu Borja muito tarde, não entrou no jogo. SEM NOTA.
A PERSONAGEM DO JOGO:
Gustavo Gómez - Ótima atuação, mas, apesar da juventude, o considero em plano inferior a Dracena que, ao menos para mim, teria de ter entrado, ontem, contra o Boca. NOTA 7.
Felipe Melo - O melhor em campo d-i-s-p-a-r-a-d-a-m-e-n-t-e... Atuação quase perfeita.
Quando viu a viola em cacos, Felipão poderia ter adiantado Felipe Melo, colocando-o para realizar o trabalho de apoio e chegada ao ataque que Bruno Henrique e Moisés tentaram, infrutiferamente, realizar sem conseguir. NOTA 9.
Técnico: Felipão NOTA 6.
Deu pra sentir a falta de entrosamento do time? Isso é decorrente daquilo tudo que já dissemos, da bobagem de ficar trocando os jogadores jogo a jogo e colocando dois times para jogar. Essa medida esdrúxula deixa tudo indefinido no elenco e, como eu disse, rouba-lhe a capacidade de entrosamento. Deu pra sentir o desentrosamento completo do time no jogo de ontem contra o Boca?
Em todo o caso, respeito Felpão e torço para que ele esteja certo e eu esteja errado em relação ao tema!
Em todo o caso, respeito Felpão e torço para que ele esteja certo e eu esteja errado em relação ao tema!
E você, o que pensa em relação à Libertadores.
Você acredita que o Palmeiras possa inverter a situação determinada pelo jogo de ontem em La Bombonera?