Observatório Alviverde

20/09/2014

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO: NOBRE MOSTRA A CARA E PROTESTA CONTRA ÁRBITRO GAÚCHO!





O adversário palmeirense desta rodada é o Goiás, clube que, a exemplo do Palmeiras traja verde, e, por incrível que pareça, foi constituído para ser um espelho do Palmeiras.

E o foi,  tanto e quanto o Atlético Goianiense, (time mais velho, do então longínquo distrito de Campinas, hoje um próspero bairro de Goiânia), se sentia uma espécie de filial do Flamengo e o Goiânia EC, o Galo Carijó era, em termos, uma filial do Cu-rintia.

O Goiânia, era sustentado por árabes que migraram de São Paulo a Goiás e por viajantes paulistas que vendiam os seus produtos no "coração verde da pátria", como se chamava o estado goiano naquele tempo, nos primórdios da fundação de sua capital, uma das primeiras cidades planejadas construídas no Brasil. Antes de Goiânia, a capital era a vetusta cidade garimpo denominada Goiás "velha"!

O fato é que, o outrora poderoso Goiânia EC, 14 títulos, dono de enorme torcida e de um vasto corpo social, existe, hoje, mais como um clube de lazer e disputa, humildemente, a segunda divisão.

Todas as tentativas no sentido de que esse clube se recuperasse e voltasse forte e equilibrado à elite do futebol goiano, malograram. 

Aliás, até o time que, outrora, reunia a maior torcida, o Vila Nova, o time do povo, campeão quinze vezes, encontra-se em uma fase muito ruim, sem a pujança e a liderança de outras eras e há quase dez anos não conquista um título.

Fazendo blague:

Se vale como consolo à nossa torcida, ao menos em Goiás, o Palmeiras pulverizou o Curintia. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA....

O Goiás, repito, uma espécie de filial do Palmeiras cresceu e assumiu as proporções gigantescas que ostenta nos dias de hoje através do trabalho de muitos dirigentes, entre os quais destaco o inesquecível Edmo Pinheiro, a quem conheci pessoalmente, representante da Caninha Tatuzinho em Goiás, nas distantes décadas de 50 e 60 do século passado.

Sob Edmo e família, o Goiás encorpou e cresceu tanto que dominou, completamente, o futebol goiano e transformou-se no clube de maior força, de maior peso e de maior torcida naquele estado brasileiro.

O Goiás F.C, a exemplo do Palmeiras, também é o alviverde, o Verdão, o time esmeraldino, tem como símbolo o periquito e assumiu todos os cognomes e bordões que eram exclusividades do Palmeiras, e, assim, é chamado, até hoje.

Se nos primórdios de sua fundação o Goiás era considerado assim como uma espécie de time irmão, o mesmo já não se pode dizer mais e nem se considera nos dias de hoje. 

Tantas foram as vezes que o Palmeiras perdeu para os goianos, que a nossa torcida não tem um grama de simpatia por eles e já os considera, apesar das similitudes e aparências, como outro rival a ser batido, nada mais!

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Amanhã, domingo, 21/09 o Palmeiras enfrenta o Goiás no Serra Dourada.

Dizer que o jogo é difícil é um desnecessário pleonasmo, mas frisar e acentuar que o verdadeiro Verdão, o Palmeiras,  não pode perder, é obrigação!    

Ausências do Palmeiras para o jogo de amanhã às 18,30 H no Serra Dourada, nove: 

Fernando Prass, Wendel, Tobio, Wellington, Marcelo Oliveira, Eguren, Wesley, Leandro e Valdivia. 

Inclusos mais dois jogadores ao grupo dos contundidos, o Palmeiras formaria, em meu entendimento, um time melhor do que aquele que vai se apresentar, amanhã, no Serra Dourada.

Por falar no time que começará jogando, Dorival deve estar em dúvida quanto à tática a ser adotada, pois ainda não definiu se entra ou não, de cara,  com o centroavante pivô e referência Henrique, ou se opta por um time mais rápido que ponha a bola no chão e imprima correria ao jogo, com Allione, Diogo e Cristaldo.

Desta vez Dorival acerta ao colocar em campo um time mais precavido defensivamente, mediante a escalação de Josimar no meio de campo. 

Josimar pode não ser um primor de volante, mas é um atleta experiente, forte, de boa preparação física, que corre muito, se empenha e que conhece bem a posição. 

Jogando, mais, no desarme, cobrindo o lado direito quando das avançadas desse estupendo lateral, o garoto João Pedro (como é que Gareca não viu, ou, se viu, conseguiu esconder um jogador desse naipe, considerando-se que o Palmeiras não tem um lateral eficiente na posição desde a saída de Cicinho), creio que estaremos blindados defensivamente no setor e aptos para explorar o jogo pelos lados do campo.

Juninho "marcha à ré", que esteve muito mal contra o Flamengo, vai cumprir o mesmo papel marcador de Josimar, embora pelo lado esquerdo de campo, com uma pequena variação de função, pois terá mais liberdade e deverá se aproximar, mais, dos atacantes.

O grande problema de nosso time será a impossibilidade de aproveitamento do jogo aéreo nas jogadas dinâmicas de toque, haja vista que, tanto Cristaldo quanto Diogo, Allione e qualquer outro atacante entre os que estão anunciados e serão escalados não têm altura suficiente para brigar, pelo alto, com os gigantes que compõem a linha de zaga do Goiás.

Se Henrique começar jogando, o Palmeiras terá a perspectiva de explorar a bola ao alto, com a desvantagem de diminuir a intensidade da marcação da saída de bola e atuar com um pouco mais de lentidão, haja vista que o nosso centro-avante não tem a característica da velocidade.

Aliás, a grande deficiência desse time do Palmeiras, é, em meu entendimento, a média de altura,  extremamente baixa.

Embora não seja fator determinante, a ausência de jogadores altos, faz com que o Palmeiras perca uma alternativa importante, uma ferramenta tática perfeita, quando se enfrenta equipes que jogam, sistematicamente, na defesa ou promovem retrancas intransponíveis pela falta de espaço para o jogo rasteiro.

A rigor, exceção feita a  Henrique e a Deola, apenas Lúcio entre os jogadores de linha tem altura que favorece ao jogo aéreo. 

Vitorino, em que pese a excelente impulsão, é um jogador baixo, como baixos são todos os demais jogadores anunciados como titulares para amanhã.
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Você, particularmente, entende que o Palmeiras deva entrar com Henrique e jogar de forma mais cadenciada, pelos lados do campo e levantando a bola para a área adversária?

Ou prefere o jogo rápido e infiltrante, jogado, muito mais, pelo meio, com o trio de atacantes treinado por Dorival, com Diogo, Cristaldo e a chegada em alternância de Allione ou de Juninho?

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Sobre Valdívia.

Dorival pediu a punição de Valdívia que teria concordado com a pena, sem reclamar.

Não sei que punição ocorreu, se é que ocorreu.

O fato é que o Palmeiras consegue tomar uma medida em relação ao caso sem permitir vazamentos.

É assim que tem de ser.

Da mesma forma, a diretoria entendeu os recados deste blog e de outros, e, finalmente, tomou uma medida em relação à arbitragem de Anderson Daronco quando do jogo contra o Flamengo.

Além de  protestar civilizadamente mas mostrando descontentamento e indignação em relação a um árbitro incompetente que validou escandaloso gol em que um jogador do Flamengo usou a mão, deixou de assinalar um pênalti clamoroso sobre Henrique. 

Achei sensato e de bom tom a diretoria ter pedido o afastamento do faccioso árbitro gaúcho dos jogos do Verdão.

O procedimento é tardio, mas, creio, terá efeitos positivos já no jogo de amanhã contra o Goiás.(AD) 
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