Observatório Alviverde

09/11/2014

A FALTA DE ATACANTES À ALTURA, LEVA O PALMEIRAS A NOVA DERROTA!


 
 Assim tem sido, o Palmeiras há anos, o time da defesa que ninguém passa!

 A postagem deste OAV, ontem, talvez em função da data, pela estatística do "blogger" não teve boa audiência.

Um reduzido número de palmeirenses leu a postagem em que, praticamente, antecipei tudo o que viríamos a sofrer contra o Galo, ontem, no Pacaembu.

Quem se dispuser a ler o "post" na íntegra, poderá constatar que foi uma postagem, senão profética, antecipativa. 

A começar pela manchete:    

"AINDA NÃO HÁ MOTIVO PARA QUE O PALMEIRAS COMEMORE NADA!" 

A ansiedade pela inauguração da Arena precipitou um clima de euforia e de festa nos bastidores do Palmeiras.

Provocou uma excitabilidade tal, que, por osmose, transferiu-se para os jogadores.

Desde que Dorival assumiu, ontem, pela primeira vez, o time entrou em campo de salto alto e pagou um alto preço por isso.

João Pedro exemplifica e incorpora o que afirmamos. Longe do excelente e promissor lateral que é, falhou, várias vezes, no início do jogo, ao tentar jogar bonito e "enfeitar o pavão", como jamais houvera falhado desde que assumiu a titularidade. 

Tanto e quanto ele, nem o regularíssimo João Victor, aliás,  conseguiu, ontem, render satisfatoriamente!

Muitos vão discordar do que afirmo, é normal, mas sustento o meu ponto de vista de que o excesso de confiança e a convicção de que o Palmeiras poderia derrotar os reservas do galo facilmente e quando quizesse, foram, muito mais que ruinosos, fatais para o Verdão.

Vou continuar trazendo a lume o que antecipei, ontem, neste OAV:

Após afirmar que não entendia o que, ou, porquê a torcida comemorava, afirmei que só se fosse a recuperação de Valdívia, a melhora do time, a promoção (forçada) dos juniores, os pontos obtidos e a melhora na tábua de classificação. 

Terminei assim: "Isso, tudo, que, reputo, m-u-i-t-o, em um contexto global de fuga de crise, representa, quase n-a-d-a, em face da situação atual vivenciada pelo clube". 

Fui além e afirmei:  

"Há, ainda, que se considerar o risco palpável de o Palmeiras cair, da ordem de 3%, segundo os matemáticos, antes da rodada deste final de semana.
Esse risco, num repente, pode transformar-se em percentual preocupante, no caso de uma inesperada derrota, esta noite, para o Galo, acompanhada da implacável combinação de resultados que, ao menos até agora, jogou sempre a favor do Verdão".

Querem o resultado percentual da derrota, mesmo sem os resultados que ocorrerão na rodada de hoje?

O risco de rebaixamento do Palmeiras subiu de 3% para 9%. Se os resultados da rodada de hoje forem desfavoráveis, o percentual poderá aumentar em proporções preocupantes!  

E disse, mais! 

"Sem querer ser chato, implicante ou encarnar uma entidade de mau agouro, quero antecipar que não me agradam quaisquer manifestações eufóricas antecipadas de palmeirenses, que possam desfocar o time de seu verdadeiro esforço de guerra para não cair.  Que, a festa e o já ganhou, neste momento e, por enquanto,vão bater em outro lugar"!

Infelizmente, acertei de novo!

Vejam o que ressaltei a respeito do Galo entrar em campo com um time misto:

"Embora tenha levado o grosso do time titular a Sampa, Levir Culpi já adiantou que vai colocar em campo um time misto e poupar vários jogadores, o que sinaliza que ele deve optar por uma equipe mais jovem, mas nem por isso, menos agressiva. 

Justamente ao contrário do -ainda- time do atraso, o Palmeiras, cuja torcida continua cantando e contando como vantagem, há anos, o slogan "defesa que ninguém passa"e afirmando que temos "uma escola de goleiros"! Assim tem sido, é, e (se não mudar) será sempre o Palmeiras, em carne, osso e veia, o time que não goleia!

O Galo, "do ataque que ninguém segura", sempre priorizou o gol e sempre dispôs de muitos atacantes em seu elenco. Do time que pega o Palmeiras quero destacar, entre muitos, apenas, um, Carlos! Cuidado com ele!

Deu algo diferente do que previ? E nem foi preciso que Carlos entrasse em campo!

O problema do Palmeiras é o anacronismo dos dirigentes e a mania de grandeza da maior parte da torcida que não reconhece que, em termos de investimento, o Palmeiras, há anos, está atrás de Inter, de Grêmio, de Cruzeiro de Atlético, de Santos. 

O interessante e inexplicável da história é que, em termos de faturamento, o Palmeiras, noves fora o Inter, arrecada muito mais do que qualquer desses clubes, cujas dívidas são compatíveis às do Verdão (algumas mais altas) e, no entanto, sempre detêm em suas fileiras jogadores anos-luz mais eficientes do que aqueles contratados habitualmente pelo Palmeiras. 

Voltando à zaga e à análise do time, Nathan também falhou, várias vezes, numa defesa em que apenas Tóbio, mesmo sobrecarregado, manteve a produtividade.

Até o regularísimo Victor Luís esteve longe de suas melhores apresentações. Apanhou da bola sem jogar o que sabe e pode,  antes de ser substituído por contusão. 

Nunca vi Renato atuar tão mal, perdido, sem função... 

Tanto e quanto Marcelo Oliveira, que, defensivamente, foi um desastre de enormes proporções, mal na marcação, muito mal no apoio, lento e deficiente na entrega de bola. 

Quanto a Allione, ontem, eu disse isto: "... se for para atacar usando mais João Pedro, seria aconselhável a escalação de Allione, destro, fundista e de muito fôlego. 

Se João Pedro atuar de forma mais conservadora, guarnecendo a defesa e em posição mais fixa, será melhor a escalação de Mouche".

Acontece que João Pedro jogou pouco, defendeu mal e não apoiou, senão no segundo tempo, quando o Palmeiras partiu para o abafa e Allione já nem estava mais no jogo. 

O argentino, de quem se esperava muito, esteve sem função e, fosse Dorival um técnico determinado, o teria substituído ainda no primeiro tempo. 

Allione não marcava, não apoiava, sequer se desmarcava ou se deslocava para facilitar o toque ou a saída de bola do Palmeiras pelo flanco direito do campo.

Aliás, quando se fala em Allione, Mouche, Cristaldo, jogadores argentinos de segunda linha, (tanto e quanto os uruguaios Eguren e Vitorino), estupidamente importados por Nobre, aborda-se o tema em termos de "qual deles representa um mal menor para o time do Palmeiras". 

Nem o turco, do alto de suas doentias sovinice, arrogância incompetência e pseudo-suficiência, conseguiu a proeza de contratar tão mal quanto Nobre. 

Encerrando o ciclo de contratações, Nobre, atendendo um pedido esdrúxulo de Dorival, trouxe Washington, volante de contenção e Jailton, goleiro, quando as carências palmeirenses estão, todas, localizadas no ataque.

Resultado: Washington fez um jogo e meio e foi para o banco, de onde nunca mais saiu. Jailton pode vir a ser mais um jogador, como tantos, contratados pelo Palmeiras que, sequer, vai estrear. 

Todo ano é assim, pela falta absoluta de uma política de contratações. Que Dorival, agora, coloque os dois para jogar no ataque para fazer o que  time mais precisa, gols! É muita falta de visão! 

Isso, sem falar no elenco intumescido, inchado, porque o técnico recusou-se a promover a necessária limpeza e trabalhar com um grupo enxuto, como recomendam os manuais.

Tenho certeza que ao sair do Palmeiras, Dorival dirá que promoveu a base e coisa e tal. Só não dirá que o fez à muque, à força, na marra e por necessidade premente de sobrevivência.

Por que ele não buscou na base também atacantes quando qualquer menino de escola primária que torce pelo verdão sabe que as prioridades do Palmeiras continuam sendo aquelas de ausência de atacantes de qualidade?

Dorival já incorporou a maldita filosofia da "defesa que ninguém passa" e, parece-me, a continuar treinador do Palmeiras está longe de ser o treinador revolucionário de que tanto precisamos, como Filpo Nuñes na década de 60, ou Luxemburgo, na década de 90.

Nosso ataque, ontem, foi um ataque de choro para nós palmeirenses em face de sua absoluta ineficiência, e, um ataque de riso para o adversário, porque só fizemos, mesmo, cócegas no Galo mineiro.

Ninguém jogou bem (nem Valdívia nem Prass) e, pela primeira vez vi e ouvi os mesmos comentaristas que sempre erravam ao dizer que Valdívia era um jogador comum, acertarem em suas opiniões.

De fato, especificamente ontem, o futebol do chileno esteve comum, sem lustro e sem brilho, embora não se possa negar, jamais, o seu empenho, o seu esforço e uma ou outra jogada e lançamento geniais.

Após muitas dezenas de incursões em tantos jogos, Vilaron, pela insistência cultivada na manifestação da impropriedade e pela coincidência do primeiro mau rendimento do chileno desde que voltou ao time, conseguiu, finalmente, acertar! 

Aliás ele não cabia em si de contente e nem conseguia, no ar, dissimular a sua satisfação em face da derrota do Palmeiras. Mas se é esse o sentimento dele, por que não pede para não ser escalado em jogos do Verdão? 

Mas, ele, e o desinteressado narrador Odiney, (entrou, ontem, na escola de Milton Leite e está engolindo a voz ruminando o jogo) fiquem tranquilos porque conseguiram ser piores do que o pífio ataque do Palmeiras. 

Só o repórter, que, reconheço, é bom, esteve bem. Hoje só falo isto, en passant, acerca da transmissão!

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