Observatório Alviverde

10/09/2010

PAI RICO, FILHO NOBRE, NETO POBRE. ASSIM É O PALMEIRAS!

01- Vejam o que é o Palmeiras. Como se não bastassem os bambis e os gambás da prefeitura, a oposição do Palmeiras faz o jogo sórdido dos inimigos e luta para impedir a construção da Arena.
2) Não foi à toa que escrevi sobre os quinta-colunas que infestam o clube e que dariam a  própria vida, se pudessem,  para que a obra caia no malogro e Belluzzo na desistência.
3) Mas, que não se enganem vocês, nem ninguém, fosse essa oposição que estivesse no poder o problema só mudaria de lado. A maior parte da atual situação é farinha do mesmo saco. A diferença é que as exceções que ratificam a regra estão quase todas na turma de Belluzzo.
4) Analisando-se à distância, conclui-se de forma muito clara que há dois visíveis jogos de poder sendo disputados em nossos bastidores.
5) O primeiro é o deletério jogo da vaidade. Quem não gostaria de ter o nome imortalizado na placa de bronze que ficará exposta em algum lugar bem visível, relatando a saga  de nosso clube e de nossa arena?
5) Quem não gostaria de, estádio levantado, passar pela porta do Palestra e dizer com orgulho: "- Eu  levantei este estádio e fiz o Palmeiras evoluir um século!"
6) O segundo é o terrível jogo do interesse. Nesse tipo de obras, sempre se diz que alguém está "levando alguma coisa", fazendo alguma negociata. Quem está fora quer entrar, mas quem está dentro não quer sair!
7) Leon Eliachar, egípcio-brasileiro, o maior nome do humor no Brasil nas décadas de 40, 50 e parte de 60, definiu muito bem essa palavra ao afirmar que "negociata é um ótimo negócio para o qual não fomos convidados e do qual não estamos participando".
8) A definição vale para muitos ambiciosos da nossa oposição. Há quantos anos o Palmeiras serve como meio para tanta gente sem caráter promover negociatas e ganhar dinheiro. Quem não se lembra do episódio da vnda de ingressos?
09) O caso da fundação de "filiais" do Palmeiras pelo Brasil, sem que se aproveitasse no decorrer de muitos anos, um único atleta, é clássico e confirma o que estamos dizendo.
10) A manutenção do investimento altíssimo nas categorias inferiores, superior, até, há muitos times profissionais do Brasil, também é algo a ser estudado e repensado. Nós não temos a cultura do aproveitamento da base. Se não temos, se não aproveitamos os nossos jovens jogadores, por que investimos tanto? Para entregarmos os Wilsinhos ao São Paulo e os Elias e os Bruno César(es) ao Corinthians? Até quando vamos gastar parar formar atletas para os outros?
11) Há muito tempo fiquei sabendo que o Palmeiras chegou, em um certo período,  a ser o maior exportador de atletas para o exterior. Então, perguntei: "mas como se eu não vejo quase ninguém sendo negociado? "" Então explicarame que eram jovens jogadores das categorias de base. Fiquei estarrecido! Quem ganhou com isso? Se houve, realmente, tais e tantas negociações, quanto entrou, em efetivo, no cofre do clube?
12) Os mais novos costumam dizer, na mais moderna gíria que,  quando se conclui alguma coisa, "caiu a ficha". A partir dessa informação também vi caír a ficha e concluí porquê se mantinha, em administrações anteriores, tamanho investimento nas categorias de base, incluindo o Palmeiras B, o Palmeiras da Bahia, o Palmeiras de Alagoas e tantos outros Palmeiras nordestinos.
13) Quem tem olhos para ver, veja. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Quem tem boca para falar, se cale e não fale, porque a verdade neste país de Sarneys, Collors, FHCs, Lulas et caterva, é punida severamente por leis totalitárias concebidas pelos tantos gângstgeres que infestam e pululam no congresso.
14) Como pode florescer e progredir um clube entregue a uma sociedade em que os santos (a maioria), convivem com canibais (a minoria) tão vorazes que quando não têm o que comer querem devorar as entranhas do próprio clube.
15) Que gente materialista, interesseira e oportunista cujo  idealismo não está adstrito a grandeza do clube, mas à saciedade dos instintos de ganho, de posse material e vaidade personal. Por que eles não passam a torcer pelos bambis ou pelos gambás, se fazem tanto mal ao Palmeiras? Talvez até  torçam mesmo e a gente não sabe.
16) Esse não foi, nâo é e  não deveria ser, jamais, o Palmeiras que nos deixaram os nossos antepassados. O formidável e imensurável legado dos visionários pioneiros, maravilhados com a beleza e o arrebatamento de um esporte que acabara de nascer na então incipiente e promissora cidade de  São Paulo de Piratininga foi transformado nessa mixórdia,  em que o desrespeito constante às nossas tradições e o individualismo são colocados criminosamente acima da própria instituição.
17) Nossos fundadores e a formidável saga de palmeirenses dos primeiros tempos, italianos ou não, devem estar inquietos sob a laje fria dos túmulos e das carneiras. Os ainda vivos se beliscam para saber se o que vêem é real ou uma miragem..
18) Um velho ditado, lembra a história corriqueira de tantas empresas e corporações familiares tradicionais que nascem fortes, crescem fortes, mandam no mercado tantos anos sob a liderança de um patriarca familiar, até se arruinar na falência e na insolvência pelo desinteresse ou incompetência dos membros do clã que o sucedem
19) O Palmeiras caminha para confirmar e materializar um ditado que diz: "Pai rico, filho nobre, neto pobre". Reflitam se não foi isso mesmo o que aconteceu com o Palmeiras. dos tempos de  nossos avós e bisavós até os dias de hoje.
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