Observatório Alviverde

20/03/2011

1º TEMPO: FELIPÃO RECUOU O TIME E TODOS VIRAM NO QUE DEU. 2º TEMPO: SE NÃO FOSSE DEOLA…

 

A primeira parte desta postagem, redigida no intervalo de São Caetano X Palmeiras, eu a deixei publicada no OAV até o final do jogo.

Em seguida, emendei a matéria do segundo tempo.

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O resultado de 1 X 1 é justo.

O Palmeiras começou muito melhor. Abriu o marcador logo aos 4 minutos, dando a impressão de que poderia ia dar um passeio no ABC e conquistar os tres pontos com absoluta facilidade.

Felipão é o maior responsável pelo mau resultado, na medida em que com o 1 x 0 voltou a apostar no jogo de contrataques e abdicou de tomar as iniciativas.

O time, que entrou focado, ligado, tomando as iniciativas e partindo pra cima do adversário, de repente sofreu uma grande metamorfose, recuando e guarnecendo a defesa, e só subindo na boa.

É inadmissível que um time da grandeza do Palmeiras possa agir dessa maneira e tentar administrar um resultado mínimo de vitória logo a partir dos quatro minutos do primeiro tempo.

Se não fosse Deola e as traves, teríamos virado em desvantagem em um jogo no qual tinhamos (e temos) tudo para virar com uma vantagem superior ao 1 x 0 consignado no placar.

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(continuando, após o jogo) 

Quando me perguntam quem é melhor, Felipão ou Luxa, eu não titubeio na resposta: Quanto mais jogos do Palmeiras eu vejo, após as inevitáveis cmparações, concluo que “Luxa está anos-luz” à frente de Scolari sob qualquer aspecto que se queira analisar.

Não, não digam que é extemporânea a comparação, mas irrita-me, demais, ver como Felipão, certas vezes, complica o seu próprio trabalho perdido em seus esquemas visceralmente defensivos.

Felipão, Tite, Roth, Mano e, de certo modo, até o mais liberal dos técnicos de ponta do futebol sul-riograndense da atualidade, seguem, à risca, a doutrina fundamentalista do futebol de resultados, legado da vitoriosa escola gaúcha dos mestres Froner e Enio Andrade, de seus discípulos Daltro, Foguinho, Dória  e tantos outros que ganharam títulos em grandes, médios e até em pequenos clubes, sem que, jamais, formassem equipes que passassem perto do chamado “futebol-arte”.

O Palmeiras de Felipão é, exatamente, assim. guerreiro, lutador, aplicado, focado, obediente taticamente, mas desprovido de qualidade técnica e de força ofensiva, exceto nas vezes em que pode escalar, simultaneamente, Cicinho, Araújo, Kléber, os melhores jogadores e o craque Valdívia.

Quero deixar claro que este comentário fortúito, de passagem, não está sendo feito visando a desestabilizar o nosso treinador, mas, pelo contrário, tem como objetivo alertá-lo e despertá-lo para que se conscientize de um erro palmar nas duas acepções do termo, insistentemente cometido pelo gaúcho.

Às vezes tenho a impressão de que Felipão não tem muita noção da grandeza do Palmeiras, embora ele tenha corporificado, em determinada época de nossa história, essa própria grandeza.

Jogar, da forma como temos jogado, como time pequeno, retrancados, mais no erro dos adversários, tudo bem, embora não fosse exatamente o que todos nós palmeirenses desejávamos e esperávamos.

Somos todos conscientes e sabemos, é lógico, das enormes limitações de nosso elenco.

Compreendemos o cuidado de Felipão em formular uma tática adequada às nossas limitações, de uma filosofia mais defensivista. O problema é que Felipão tem exagerado na dose, se esquecendo de que no meio é que está a virtude. É preciso balancear o nosso modo de jogar, isto é, saber como defender e como contragolpear, sem, no entanto que nos esqueçamos de como e quando tomar as iniciativas e atacar.

O que não se admite é que a equipe, a partir do instante em que o Palmeiras faz um gol, domina amplamente o adversário e impõe o seu jogo, que abdique de atacar e atue herméticamente fechado na defesa,  com uma linha de dois e duas linhas de quatro, e todos atuando, basicamente, do meio campo para trás.

Foi, exatamente, o que aconteceu hoje no Anacleto Campanela, pasmem, a partir dos quatro minutos de jogo, quando o Palmeiras fez o primeiro gol.

É inadmissível que um clube da grandeza do Palmeiras, aspirante ao título, se encolha tanto na defesa, como se estivesse enfrentando não o São Caetano, mas um Manchester, um Milan, um Barcelona, um Real…

O Palmeiras atraiu para o seu campo defensivo e contra o seu gol, uma verdadeira avalanche azul, que só não soterrou o Verdão, pela presença marcante de Deola que pegou quase tudo e salvou a pátria palmeirense.

Quando não foi ele, foi o zagueiro “travessão” que salvou gols certos em, ao menos, duas ocasiões.

Também contribuiu muito para evitar a derrota palmeirense, a falta de tranquilidade e de pontaria dos caetanenses que desperdiçaram sucessivas oportunidades de gol.

Se na quarta-feira em Uberaba Felipão descomplicou e ganhou, pode-se dizer que nesta vez ele complicou e empatou.

Pelo desenho, do jogo, pela mostragem dos primeiros quatro minutos até o gol de Kléber, era para ter ocorrido tanta complicação?

E óbvio que não, mas o conservadorismo doentio de Felipão e sua obsessão em administrar vitórias magras, isto é, resultados que ameaçam, foi o fator desencadeante do empate,  engolido como derrota.

Tiremos o chapéu para o São Caetano, que tem atletas de qualidade e um time que, ouso afirmar (os comentaristas têm medo de admitir), em várias posições, sobretudo do meio de campo para a frente, tem jogadores muito melhores do que o Palmeiras.

Reconhecemos que a a filosofia e a metodologia de Felipão, adotadas para uma equipe fraca e sem criatividade como a nossa ( sejamos humildes, sábios e reconheçamos) , são pertinentes.

Temos de jogar assim mesmo, com força de marcação, obediência tática, luta, empenho, raça e tudo o mais que queiram. 

Isso é, até, inteligente e nos tem garantido a invencibilidade, o moral alto e a classificação, consolidada hoje pelo ponto que, matematicamente, nos inclúiu no octogonal segundo cálculos do próprio Scolari.

Só não é inteligente recuar um time aos 4 minutos do primeiro tempo, render-se ao adversário, viver, exclusivamente, de contrataques e jogar, como se diz, no erro do adversário por mais uma bola.

As alterações efetivadas por Felipão foram primárias, decepcionantes para um profissional de seu jaez e de sua experiência.

Ele retirou Adriano no intervalo e colocou Tinga. Mas será que só Felipão desconhece que o posicionamento de Adriano, um jogador franzino que ele insiste em colocar jogando entre os beques, pelo meio, é errado?

Por que ele não insistiu um pouco mais com Adriano, alterando o seu posicionamento, tirando-o das regiões mais povoadas pelos zagueiros do São Caetano, quase todos galalaus, muito fortes, que levavam sempre vantagem contra Adriano no corpo a corpo?

Por que não o fez atuar aberto pelos flancos, exatamente como ele atuava no Bahia? Ele poderia fazer um rodízio interessante de passagem pelos dois lados com os nossos dois laterais, principalmente com Cicinho.

Mais uma vez Felipão afinou, taticamente, para o técnico adversário e foi castigado por isso. Por que não teve ousadia? Por que não tomou a iniciativa?

A tentativa com Tinga, foi estéril.Tinga, até agora, é só uma promessa e, mais uma vez, não jogou bem.

Colocar Chico para recompor e reforçar a defesa, em razão da expulsão de Thiago Heleno é correto. Errado é tirar o melhor apoiador e atacante da equipe, Cicinho.

Com Cicinho em campo e apertando o adversário em lances individuais pela direita, o Palmeiras, no mínimo, seguraria o lateral adversário e um zagueiro da sobra, equilibrando, taticamente, a partida.

Ademais, não obrigaria que Márcio Araújo, o melhor palmeirense em campo depois de Deola, deixasse o seu setor e fosse cobrir a ala direita, desprotegendo completamente o miolo da defesa.

O deslocamento de Araújo quebrou a estruta tática da defesa e permitiu que o São Caetano atacasse com perigo em um verdadeiro boqueirão que se abriu entre a defesa do São Caetano e a nossa defesa.

Os zagueiros caetanenses aproveitaram-se do buraco e partiram em bloco para ajudar o ataque, empurrando a defesa palmeirense contra a linha de fundo. Só não venceram porque Deola fechou o gol.

Se Felipão queria tanto aguentar na defesa, por que não colocou em campo João Vitor, no lugar de um Marcos Assunção cansado e sem força para correr?

Aí vem aquele argumento furado dos comentaristas esportivos segundo o qual o batedor de falta tem de ficar até o fim porque pode decidir o jogo!

Conversa mais do que furada. Pela falta de marcação no miolo, o Palmeiras tomou um sufoco e, isto sim, só não perdeu por causa da trave, dos erros dos adversários e, principalmente, pela atuação magnífica de Deola.

Além de não estar mais sendo feliz nas cobranças a qualquer distância, Assunção virou batedor exclusivo e ninguém mais tem chances na função. O Palmeiras precisa encontrar alternativas para a tarefa e, principalmente, para os cruzamentos em direção à área adversária. Assunção já está prá lá de manjado.

A entrada de Max Santos no lugar de Luan seria positiva, mas não aos 36 do segundo tempo e nas circunstâncias em que ocorreu.

Essa situação que coloca o jogador recém-chegado do banco para a fogueira, não é boa para um que chegou como Pardalzinho e tem premente necessidade de afirmação já que foi recebido com desconfiança, desprezo e descrédito pela torcida, de há muito ressabiada com o “bom e barato”.

Quantas vezes Max tocou na bola? Quantas vezes passaram-lhe a bola?

Max, eu o conheço bem, é muito talentoso, mas está com medo de tentar os lances individuais que, até agora, ele apenas tem ensaiado e não tem coragem para colocar em prática.

Entretanto, melhor do que a entrada de Max, Vinicius poderia ter sido uma alternativa muito melhor para o Palmeiras. Vinícius que começa a se firmar como profissional, em bom físico, forte arremate e joga perto da área. Com Vinicius em campo, os zagueiros do São Caetanos pensariam duas vezes antes de deixar a defesa e aventurar-se no ataque.

De qualquer forma, meus amigos, vamos ter paciência, acreditar e esperar, porque o importante é chegarmos entre os oito classificados.

A partir daí é que vai começar, efetivamente, o Paulistão 2011.

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TELEVISÃO

O Sportv e o PFC não exibiram o jogo do Palmeiras para Belo Horizonte. Fui obrigado a acompanhar a transmissão pela Band com “Luciano Troca Nome” e Neto ponta-de-gol. Um horror, como se não bastasse o pêso   que põem no Palmeiras. Desculpem-me mas sou supersticioso confesso!

Foi muito legal ver e ouvir o Milton Leite narrando futebol-de-areia pela Globo Matriz. Se há um profissional que merece a promoção é o MIlton, muito à frente de Kléber Machado, o atual segundo.

Se for como me disse, certa vez José Magnoli, o grande Hélio Ribeiro, “o segundo nunca, mas o terceiro pode, um dia, ser o primeiro”, quem sabe poderemos ver e ouvir Milton, brevemente, como titular do cast esportivo global. Ele merece! (AD)

PALMEIRAS X SÃO CAETANO: UM JOGO PARA A NOSSA AFIRMAÇÃO DEFINITIVA!

 

Tive problemas no CPU e não pude atualizar o blog como devia. Peço desculpas a todos os amigos e frequentadores deste espaço.

Sem Valdívia, mas motivadíssimo, o Palmeiras vai a São Caetano enfrentar o time do ABC.

A derrota do concorrente direto, o Santos, ontem, além dos tropeços dos concorrentes indiretos, Mirassol e Ponte Preta, também na rodada de ontem, aninam o Palmeiras.

Hoje o Verdão seca os gambás no Pacaembu contra o Americana e  os bambis que jogam em Prudente.

Mas todos sabem que, muito mais do que torcer contra os adversários, é necessário, primeiro, fazer a lição de casa e ganhar do São Caetano;

Pelos cálculos de Felipão, com um ponto, apenas, o Palmeiras estará garantido entre os oito.

Entretanto, é necessário qualificar a classificação para poder usufruir de todas as vantagens dos times mais bem classificados, no octogonal.

Hoje eu não vou dizer que vencer é uma obrtigação, posto que, apesar de não estar bem na pontuação, o São Caetano sempre foi um adversário de respeito e o jogo é muito difícil. A obrigação existe na medida em que o Palmeiras é grande e tem muito mais tradição.

É uma necessidade premente vencer o jogo de hoje, pois ele representa a nossa afirmação. O Palmeiras é o grande paulista que menos perdeu neste ano e precisa provar, também, que não basta não perder, é preciso também ganhar, pois as vitórias contabilizam três pontos.

Com este time, o Palmeiras tem chances?

PALMEIRAS: Deola, Cicinho, Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga e Patrik; Adriano (Luan) e Kleber. Técnico: Felipão.

É a nossa melhor constituição? Melhor com Luan ou com Adriano?

É justo sacar Luan após a exibição dele em Uberaba?

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(Antes do jogo, durante o jogo ou no final, até que fique pronta a postagem do jogo)