Observatório Alviverde

01/10/2012

GANHAMOS MUITA COISA NESTA RODADA, PRINCIPALMENTE MORAL!



O Palmeiras enfrentou a Ponte Preta com a disposição de um protagonista de final de Copa do Mundo.

Longe de ser brilhante e de exibir um futebol vistoso e técnico, o Palmeiras foi, simplesmente, objetivo e competente.

Ganhou de 3 x0 mas se houvesse vencido por quatro, cinco ou mais, o resultado elástico faria justiça ao rendimento do time de Gilson Kleina, melhor do que a Ponte do começo ao final do jogo. 

Tanto é verdade que o Palmeiras chutou duas vezes contra as traves e desfrutou de várias outras situações para a feitura de outros gols.

A entrega dos jogadores palmeirenses foi completa, fazendo aflorar o espírito gregário da equipe que de há muito não existia.

A união e o empenho do grupo em torno do objetivo de fugir do rebaixamento é digna dos maiores elogios.

Com essa mentalidade, com esse espírito, com essa atitude, creio que o Palmeiras poderá sair da péssima situação em que se encontra em duas ou três rodadas.

Porém, como disse o novo treinador, ganhamos apenas duas das 13 decisões que temos de enfrentar e há, ainda, um largo caminho a ser percorrido.

O jogo contra a Ponte foi muito pegado, muito faltoso, muito seccionado, em que a marcação predominou e foi o ponto forte das duas equipes. 

Não há o que discutir sobre a cristalina, magnifica e importante vitória palmeirense, muito mais time em campo, muito mais forte, muito mais consistente.
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Eu disse anteriormente que, à medida em que vencesse os jogos, o Palmeiras iria baixando, drasticamente, o alarmante percentual de rebaixamento imputado pelos matemáticos quando da saida de Scolari.

Um grande desânimo tomou conta da torcida que se desesperou e entrou em pânico, supondo que o Palmeiras estivesse irremediavelmente rebaixado.

A mídia terrorista bradou e repetiu os 92% de chances de o Palmeiras cair durante a semana toda que antecedeu o jogo contra o Figueirense.

Como o Palmeiras venceu aquele jogo, não tiveram a coerência, para que não se diga honestidade, de dizer que os numeros haviam baixado para 82% e, a partir daí, não voltaram mais ao discurso xiíta dos números.

Verifiquem que dos 92% de chances de cair quando Kleina assumiu o lugar de Felipão, baixamos para 82% ao vencer o Figueirense em Santa Catarina.

A vitória de ontem sobre a Ponte reduziu em mais 10% o nosso risco e o índice baixou para 72%.

O percentual baixou um ponto com os resultados finais da rodada de ontem e a  i-n-e-s-p-e-r-a-d-a  vitória do CU-rintia sobre o Sport.

Agora é de 71%.

Sinceramente, imaginei que a galinhada entregaria o jogo para agravar a situação do Palmeiras.

Não divulguei nada aqui no blog para não correr o risco de despertar nenhuma idéia dessa natureza em nosso maior rival que, afinal, acabou- coisa rara - cumprindo com dignidade a sua participação na rodada sem prejudicar segundos ou terceiros.
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Vou repetir o que já disse, mas que muitos parecem não entender porque - coitados - ainda acreditam na mídia.

 O percentual de perigo de queda muda,  à medida em que os resultados, diretos ou indiretos, acontecem. 

Uma vitória sobre os bambis - não está tão difícil porque eles estão jogando muito mal - guinda o Palmeiras a um patamar, acredito de, no máximo, 60% de queda, o que significará 3/4 da caminhada da reabilitação.

Quem quiser acompanhar, rodada a rodada a dança dos números, acesse este site especializado, de responsabilidade do matemático Tristão Garcia. 

 http://www.infobola.com.br/
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Nesta caminhada rumo a série A de 2012, observem e vejam tudo o que uma vitória de 3 x 0 nos trouxe de positivo .

Em relação aos pontos, considerando-se a tabela a partir meio.

Ganhamos 2 pontos em relação ao Cruzeiro  que tem 10 pontos a mais do que o Palmeiras, isto é, 36.
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Mantivemos a distãncia que nos separa de Náutico e Bahia, que, mesmo vencendo os seus jogos, não conseguiram se distanciar do Verdão, mantendo a diferença de 8 pontos. Ambos têm 34 pontos.
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Ao perder o Fla-Flu, diminuiu a diferença em face do Flamengo, agora também de 8 pontos.
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Em relação à Ponte que ficou nos 34 enquanto avançamos para 26, subtraindo para 8 pontos a distância na tabela.
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Também encurtamos 2 pontos para a Portuguesa que tem, agora, 33, isto é, 7 a mais que o Verdão.
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O Coritiba, a depender dos resultados da próxima rodada, em que recepciona a Ponte no Couto Pereira, poderá ser alcançada pelo Palmeiras, se o Verdão vencer o "choque-rei". 

Nessa hipótese, com 29 pontos e oito vitórias, o coxa se igualaria ao Palmeiras em numero de vitórias, mas passaria a perder no saldo de gols, quesito em que, hoje, os dois clubes empatam, (-) 8.
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A vitória do CU-rintia sobre o Sport, nos coloca a um ponto do representante pernambucano que tem um ponto a mais do que o Verdão, 27, e uma vitória a menos, 6.

No caso de uma derrota deles para a Portuguesa, quinta-feira, um simples empate do Palmeiras com os bambis, já os defenestra da condição de primeiro colocado (triste nomenclatura) da zona de rebaixamento.
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Vejam o que uma simples vitória nos trouxe de benefícios, apenas no que tange aos pontos ganhos.

A marcação de 3 gols contra a Ponte diminuiu bastante o nosso saldo negativo, terceiro critério de decisão, e nos fez aumentar o número de gols marcados, que é o quarto.

Não nos esqueçamos que uma decisão desse tipo pode, perfeitamente, ocorrer em razão dos times que caem ou que se salvam nas últimas rodadas estarem sempre muito próximos na hora da decisão.

Por isso é muito importante que faça gols, muitos gols, quanto mais, melhor.

E pensar que Felipão, estupidamente, privilegiava a defesa em um campeonato no qual além dos pontos das vitórias (ele jogava para  empatar), o saldo de gols (ele só pensava em marcar) e os gols assinalados (seus times e esquema não tinham força ofensiva) são os critérios mais importantes.

Essa filosofia conservadora, defensivista e derrotista foi a principal causadora de nossos sofrimentos e agruras neste Brasileiro. Espero, sinceramente, que a mudança de treinador não tenha sido tardia e que tenhamos tempo e condições para nos recuperar.
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Não vou abordar os dois retardatários, Figueirense e Atlético GO que, imagino e torço para isso, não irão mais alcançar o Palmeiras.
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Palmeiras x Ponte é passado. Temos, agora, de pensar no choque-rei contra o SPFW.

Normalmente damos muito peso quando enfrentamos esse adversário. Quando o acaso não os favorece, são as arbitragens que os conduzem à vitória. 

Precisamos desta vez, em face da necessidade, impor a nossa técnica, com dedicação, doação, empenho e superação, do jeito que fizemos contra a Ponte, superar essas adversidades e derrotar os bambis. 

Se o Palmeiras derrotar os bambis, terei mais do que a certeza atual, a plena convicção de que o Verdão não cairá para a segunda divisão!

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Sobre a transmissão do José Linhares no Palmeiras x Ponte:

Apesar de dar uma de Odiney Ribeiro e insistir em "mostrar conhecimentos" suspendendo a narração para inserir "cacos" que pouco ou nada interessam, Linhares esteve muito bem.

O argumentador Vilaron é um vaselina diplomado, como de resto são 90% dos comentaristas-jornalistas do Sportv.

Eu acho interessante que nenhum deles se pronuncia com força, personalidade e convicção quando comentam os jogos do Palmeiras.

Se deixassem um narrador que se limitasse a narrar os jogos sem os tais comentários que quando não são contra (via de regra, são) são dúbios, eu acho que o Sportv e o Premiere estariam fazendo um melhor negócio.

Pelo menos não lotariam o nosso saco!